"Nada é mais natural do que o amor do gato
pelo rato"
É com esta frase que o chinês ZingYang Kuo
defendeu a importância do ambiente na formação dos comportamentos dos gatos e,
evidentemente, dos humanos.
Por meio de suas pesquisas com gatos, Kuo começou
a apontar que a plasticidade do comportamento era dependente das condições do
meio ambiente, como também defendia J. B. Watson em 1924. Estas ideias
contrapunham as “teorias do instinto” ou as “teorias dos comportamentos inatos”
que consideravam boa parte dos comportamentos como rigidamente determinados pelas
características inatas das espécies.
Kuo criou gatos em diferentes condições
ambientais, onde também haviam gatos sendo criados com ratos. Embora Kuo tenha observado
que os gatinhos criados sozinhos com um rato desde muito pequeninos não só
nunca atacaram o seu rato, mas brincavam e eram afetuosos com ele, também teve
de considerar que algumas características inatas também se revelavam quando os
gatos viam seus pares matando ratos e, por imitação, também caçaram alguns
ratos.
Os dados de Kuo evidenciam, mais uma vez na
literatura científica, que há uma importante reciprocidade e aproximação entre
as determinações ambientais e constituições genético-inatas para a formação dos
comportamentos. Neste sentido a ideia da plasticidade comportamental pode ser
melhor contemplada.