![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuO4_3t02idECcQU1m_N2IQ1fBxYcOhwszmcGrEH-bHA0Cjo1YCFKtD_6Bk9RnVM83uBIimHVT_LJV0iD10sZ9nyIJ6s3v8HFDYT0WtOygTD9JIBcuTVqX-_2TCj2Gk1QOb4S_HTuPc54/s320/MulherCascaDesnuda.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLDFu1SQrFzT4aQpwepAQWBMPMhPHOFB3H8rT7VeihX-jcb63TpViQvZZpdArd0_0xcKxe_LGGlkT6k234rOgkuiMFjW_y14S6rp7j3jL2zz4e0y4eZwDJDygrnmSCrgF0k6cdQb5aubI/s200/lesbicasnegras.jpg)
Considerando
este pensamento, como podemos analisar o comportamento da Lesbofobia?
Enquanto
a homofobia caracteriza-se como um medo, rejeição e hostilização em relação aos
homossexuais de modo geral, a lesbofobia, mesmo sendo uma prática com características comuns
da homofobia, apresenta o diferencial da supremacia masculina, que muitas vezes
é imposta por meio do assédio e da violência sexual. Neste sentido, a
lesbofobia traz uma dupla discriminação, a da mulher e da lésbica. Neste tipo
de violência há, por exemplo, os chamados “estupros corretivos”, em que os
homens violentam as Lésbicas com a finalidade de reverter sua sexualidade por
meio de uma imposição sexual altamente danosa a essas mulheres. Há ainda uma desqualificação
de todas que não correspondem ao ideal normativo da sexualidade feminina, ou
seja, a heterossexualidade e a gestação de filhos. Isso porque as expressões sexuais
não heterossexuais ainda são vistas como desvio, crime, aberração, doença, perversão,
imoralidade ou pecado.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj33CCWwaXbYnEZmMAAzCS7zOFwjBcEZbFs8_9xcTw5GU2Dwz8gKK98xZD8ymyGnLSoh3bwawfK0AL2CbhO9VZaLUQNHRmsDVUUupl6PRN6ldL7S7f2XLVEBf3KqT57PBq_4Kmwp-tDaAg/s320/lesbos_09.jpg)
Então,
como é que uma pessoa se torna Lesbofóbica? Podemos levantar muitos elementos
que contribuem para a construção psicossocial da lesbofobia. Vejam: Assim como
sabemos que são poucos os comportamentos inatos e que muitos deles são coloridos
pelas vivências sociais, sabemos que a lesbofobia não é inata e está fortemente
ligada aos padrões sociais já estabelecidos. Então, quando as pessoas surgem no
mundo, elas já são inseridas em um contexto onde é um grande problema não ser
heterossexual ou não desempenhar os papeis de gênero esperados pela sociedade.
Começando por isso, por uma sociedade já sistematizada com padrões, normas,
moralidades, religiosidades, etc, essa pessoa que acabou de nascer, estará
isenta das influências sociais na construção de seus comportamentos? Em geral não. Então, em uma cultura onde há uma interação
de mensagens da família, da escola, das religiões, do sistema jurídico, da
mídia, e tantas outras, dizendo que exercitar sua sexualidade com pessoas do
mesmo sexo é algo abominável e que a heterossexualidade é o comportamento
saudável e correto, fica evidente que as pessoas terão licença para
apresentarem comportamentos homofóbicos ou lesbofóbicos. E essa “licença para
lesbofobia” é fortalecida por esta sociedade que ainda encontra obstáculos em
promover o reconhecimento e a igualdade da população das mulheres e de LGBTTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais).
Considerando
então os eventos que interagem na aprendizagem da lesbofobia, aponto para os
mesmos eventos para falar sobre o processo de combate deste fenômeno.
Quando
falamos de educação em diversidade sexual, de criminalização da homofobia, de
igualdade de direitos e de liberdade de expressão, estamos sinalizando que
existem possibilidades de reconstrução e ressignificação das práticas sociais
que ainda dificultam a plena vivência não só das lésbicas, mas de todas as
sexualidades que não representam o ideal heteronormativo. Neste sentido, a Análise
do comportamento traz sua contribuição com intervenções que também podem passar
por várias formas de aprendizado e demais mecanismos, só que de uma forma
diferente; preocupando-se com a aquisição de direitos e com a qualidade de vida
das mulheres e de lésbicas.
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Contudo,
não é só a criminalização da homofobia ou as leis de proteção às mulheres que
vão "dar conta" na luta contra o preconceito e a violência; embora as leis sejam
muito importantes, elas precisam ser adicionadas na sociedade junto com a
educação em diversidade sexual e com a reprodução dos conhecimentos científicos.
Com esta interação de mecanismos a favor da igualdade e do respeito, diversas
situações de aprendizagem estarão inseridas na história de vida das pessoas, fortalecendo, então, os comportamentos que envolvem igualdade, respeito e dignidade às mulheres e LGBTTs.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjV4uzwwIm4MZLZ5XrTYj0LDAVbexJcez6eLACYwiuRPNyezEMj1Ao99KsqXdULfgZhwr6cZoF3RLuLouEn_iVD2dYev6EdscAt5v7XrFLcxTL0FmXksB_BfXa_AXYOTj2Reok_-mZkvXc/s320/Les2.jpg)
Para ler:
Travassos,
R. (2011). Lesbofobia e estupro corretivo. Retirado de http://papodelas.gay1.com.br/2011/08/lesbofobia-e-estrupo-corretivo.html.
Em 30 de setembro de 2012.
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