Navegando pela internet, encontrei um texto que descreve a relação de um fungo parasita e uma formiga. Bem... Não é exatamente uma relação, já que o fungo parasita "comanda" e "influencia" a formiga para seu próprio benefício. A formiga, nesta história, é apenas uma marionete, um zumbi.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ5j5VHUIOoGAnr2rk8a_0-4zF7wXm1zrhGilN0_loFP6yd1pPRgF2D_MnEsa9s8iHoi9EpfDikx4X0rwE4YXg7r8ertOB4XMadO_SvJ393_1NgAVKEQeoCHNKMZSDePrelAUqyJUv6j4/s200/bugs-life-movie.jpg)
Este fenômeno da natureza é muito curioso e me serviu como uma boa analogia para pensar a respeito de parasitas que podem influenciar a vida humana. Quando pensamos sobre as pessoas que comandam guerras, sobre políticos corruptos, criminosos ou indivíduos com comportamentos bizarros, logo dizemos: "O que essa pessoa tem na cabeça?". Dificilmente será um parasita; pelo menos não um com as mesmas habilidades do fungo que "controla" a formiga.
Podemos pensar que os controles e influências da vida humana são aqueles de uma ordem mais cultural e que não afetam só a cabeça ou cérebro dos indivíduos, mas o organismo da pessoa como um todo, bem como suas relações com o mundo em que vive. Nesse sentido, fica fácil traduzir a analogia da formiga zumbi "controlada" por um habilidoso parasita.
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Salvador Dali |
Quais os parasitas que mais podem influenciar as condutas humanas? A religião, a escola, a família e tantos outros elementos sociais e culturais. Acontece que, diferentemente da formiga, nós dispomos de mecanismos para avaliar e interpretar estes controles; as mensagens que nos passaram desde nosso nascimento. Assim, podemos decidir se estes parasitas podem contribuir ou prejudicar o desenvolvimento de nossas vidas.
Este processo de avaliação, interpretação e decisão sobre o que nos controla é uma tarefa que envolve primeiramente a identificação das influências socioculturais (dos parasitas). Em conjunto com este processo, será necessário um exercício constante, rígido, porém fantástico, de autoconhecimento. Dispondo destes e de outros instrumentos, nós seremos capazes de fazer escolhas importantes para nossa vida.
É possível perceber que todo este processo não é tão fácil e envolve um movimento de construção e desconstrução que pode levar algum tempo. Para tanto, sugiro que se inicie uma Psicoterapia; um processo psicoterapêutico ajudará, primeiramente, no delineamento do que contribui para a subjetividade e, posteriormente, nas escolhas sobre o que fazer com os esses parasitas socioculturais.
Sugestão de Leitura: Parasitas transformam formigas em zumbis obedientes. Em http://hypescience.com/19932-parasitas-transformam-formigas-em-zumbis-obedientes/
Nossa, que profundo! A mensagem nos leva a refletir, que nem precisamos ser professores pra "entrar" na mente de alguem, basta apenas interesse em compreender a psique humana e termos algum objetivo valido a ensinar.
ResponderExcluirCostumo pensar, como professor de quimica, que o ser humano é o material mais condutor que existe, pode levar todos os tipos de energias e vibrações pra onde achar necessário, desde as melhores energias que produzem vida, até aquelas que podem sucumbir e matar outro organismo. Valeu a pena ler essa historia e refletir sobre as energias que estou transmitindo a outrem. Sucesso!
Obrigado pelo comentário, Marco. Não é interessante como a vida humana é composta de tantas coisas em conjunto? Essa rede de influências é encantadora, não acha? Abração!
ResponderExcluirPois é as vezes somos levados por ideias de outros, as vezes levamos outros em nossas ideias, mas o mais importante é que isso faz parte de um ciclo maior chamado vida, o que precisamos é saber como influenciar pras coisas positivas sempre e aprender a bloquear as coisas ruins que tentam nos atingir. Nao concorda?
ResponderExcluirUm outro ponto importante é que as vezes somos "influenciados" com intenções negativas mas isso acaba nos levando a coisas melhores; pense comigo, a formiga é metódica, e colonial, mas quando contaminada por esse parasita, ela visita lugares nao antes explorados e acaba por ter novas emoçoes... as vezes, vale a pena o aprendizado, afinal nao escolhemos as energias destinadas a nós...
Sim. Temos de ser prudentes, de qualquer forma. Ou acabaremos mortos antes de contar as histórias das aventuras vividas, como a formiga. hehe.
ResponderExcluirWanderson eu simplesmente posso dizer que adorei seu texto. Bem articulado e com uma visão clínica e filosófica que só vc poderia proporcionar. Olha de forma bem objetiva, vc disse exatamente o que vivo hoje. Não quero ser controlado por nenhum fungo, parasita o que seja. Quero ser eu mesmo... o máximo do tempo possível...
ResponderExcluirÉ complicado... acho q eu me preocupei não só em analisar qual parasita eu sou... mas os parasitas que eu deixei me fazerem de formiga.
ResponderExcluirEu li também a matéria sobre as formigas a partir do link que você deixou aí. Sobre os humanos, entendo a pior forma de controle, aquela exercida de forma sutil, em que é difícil identificar as variáveis que controlam o comportamento, e mais que isso, que agem a partir não da coerção, mas de reforçadores. Neste sentido "As formigas parecem ter poucas proteções contra o fungo", e são pessoas controladas e felizes. Não que haja comportamento em que não exista controle presente, mas usei ali, controle no sentido vulgar e pejorativo. Estar dentro da situação de controle por reforçadores que podem levar a perdas a longo prazo é o mesmo que estar em uma armadilha, já dizia William Baum. Assim, reflexões e análises anteriores até mesmo a entrar nessa armadilha, de estar cercada por gente que já foi engolida pela "trampa", pode ser uma boa. "As formigas parecem ter poucas proteções contra o fungo: o jeito mais fácil de se manter sem o parasita é ficar longe das outras vítimas."
ResponderExcluirBoas pontuações dos leitores TioLelo e palavreador! Obrigado pelas contribuições!
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